A porteira vindo range,
A porteira indo range,
A porteira vindo range,
A porteira indo range,
A porteira vai...
Vai ao encontro do som perdido no passado
Água da bica na jarra de barro.
O carro de boi que leva a cantiga,
Procissão de Ramos que traz a prece,
Logo anoitece...
E as estrelas, violeiras do silêncio,
Misturam o repente no coco de roda
Na dança, na ginga, no estalo, no som...
No labor intenso das casas de farinha
Pai Tomás, Comadre Fulozinha,
E os fantasmas tortos da velha usina de algodão.
E o batuque do trovão,
Que abre abril
Transpassa por maio
E ecoa em São João...
Em xote e xaxado
E o velho Gonzaga...
Ah! Boadeiro,
Vai pra junto do teu bem, homem!
Que o gado já está bem guardado
E a porteira...
Essa já não range mais.
Rivaldo Júnior
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