domingo, 8 de maio de 2011

O poema do poeta iludido

Dia desses,
Uma flor veio me contar
Que seus passos andam mais leves...
E seus caminhos, rodopios
Apressados fazem cócegas
Na barriga da estrada.

Essa mesma flor
Ainda me disse,
Que seu corpo está mais cheio
De graça e de beleza.
Seus trejeitos
Tão sem-jeitos
Revelam aquele desejo
De talvez querer um beijo
Que transborde a explosão
Que não mais cabe em seu sorriso.

E essa flor continuou
A dizer-me mais segredos!
Que dissestes sem ter medo
Que aí dentro só cabia eu em teu coração!

Tu me amas!
Sim, me amas!
Como me amas!
Meu amor, coraçãozinho!

O vento varre as folhas secas
Um gato mia...
Miau.

Foi aí que um velho tronco
Desses que só vivem pra viver
Sem nenhuma razão pra vida,
Me chamou de lado e disse:
“Teu amor não mais te ama, tolo poeta,
Porque nunca te amou.
Foi por outro e a outro que ela deu o seu amor.”

Meu amor, coraçãozinho.
As lágrimas que derramei
Regaram aquela flor,
Aquela que me disse bobagens...
E o capim que comerás pela raiz.
Te amo. 
 Rivaldo Júnior

2 comentários:

  1. "Foi aí que um velho tronco
    Desses que só vivem pra viver
    Sem nenhuma razão pra vida,
    Me chamou de lado e disse:
    “Teu amor não mais te ama, tolo poeta,
    Porque nunca te amou.
    Foi por outro e a outro que ela deu o seu amor.”"

    muuuuuuuuuito tenso essa parte. Me identifiquei em cada palavra! Parabéeens *-*

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