quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Esperar não é saber


         Embora a concepção sociológica afirme que o homem é produto do meio em que vive, cabe ao ser social a forma como ele interagir-se-á com a realidade da qual faz parte. E é nessa sociedade, cada vez mais plural e dinâmica, que o indivíduo constrói a base das suas decisões. Portanto, os diferentes ângulos de observação dos fatos e posições refletem a multiplicidade de opiniões e atos que formam o caleidoscópio social que nos abriga.
         A comunidade humana, cada vez mais heterogênea, é fruto de decisões importantes e momentos essenciais. Essas situações, nem sempre favoráveis à posição da maioria, foram fundamentais no processo de construção do mundo atual e suas interpretações dependem do modo como são encaradas. De forma natural, o homem começa a perceber que existem maneiras diferentes de observar as ocasiões e a partir do momento que ele aplica esse pensamento no seu dia-a-dia, surge-se as primeiras ideias e manifestações que lapidaram a história da humanidade.
         A realidade atual, por sua vez, apresenta características geradas pelo processo de modernização das civilizações. A desigualdade socioeconômica, a exploração demasiadamente irresponsável dos recursos naturais e a subordinação intelectual da massa em frente a governos manipuladores, por exemplo, cegam qualquer ótica positiva sobre esses aspectos. Porém, a imprudência não justifica a complacência. É necessário por em prática o ponto de vista crítico e agir de forma determinante, de modo que as irregularidades possam ser revertidas e a mudança maior seja a crença na realização de um futuro melhor. 
         É vã a esperança em um futuro melhor, se pouco for feito para mudar o presente. A vontade e a harmonia do homem e das coisas visualizando o amanhã serão as engrenagens da transformação do homem e do planeta. Todavia, esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.


Rivaldo Júnior

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