sou culpado do meu próprio assassinato.
sou gás carbônico da minha própria fotossíntese.
tal como o fogo respira o ar,
e o ar dissipa a chama,
sou tragado por minha própria covardia
e baforado em fumaça cinza-doce
a altura dos olhos
meus.
não assisto o mesmo erro duas vezes
não perdoo a minha face frente a frente.
não espero,
pois esperar me corrói
as faces da
velha assombração
que me embriaga.
deixo-me voar e ser conduzido
pelo amargo gosto
do uísque barato perdido
na estante
da sala de estar.
e vou crendo nisso tudo que dizem que sou
fazer o quê?
é da vida acreditar e
ser o que dizem...
por medo.
sou isso tudo mesmo.
fotossíntese, erro, voar...
é da vida.
Rivaldo Júnior
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