segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Atrás da Porta (Chico Buarque)




Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus...
Juro que não acreditei, eu te estranhei,
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei.
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos,
No teu peito, teu pijama...
Nos teus pés ao pé da cama!
Sem carinho, sem coberta,
No tapete atrás da porta.
Reclamei baixinho.
Dei pra maldizer o nosso lar.
Pra sujar teu nome, te humilhar,
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso,
Pra mostrar que ainda sou tua...





Pra mostrar que ainda sou tua...



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