às vezes minto quando respiro.
minhas verdade todas caem na terra da tua onipotência.
e viram pó, como diz a profecia.
a voz rouca da minha garganta
- não é mais a mesma do deserto -
tanto faz para o mundo,
é mais um, menos um.
pouco só, construo os meus passos
rasos, pó.
estou esperando,
vive-se esperando no país do futuro.
não há estatísticas que deem o dom da visão
em tempos sombrios, navega meu coração
ancorado na velha esperança
da juventude.
mas você quer mesmo rimas em um poema doente:
aí estão:
aí estão:
Nessa vida tudo vale,
Crer, crescer e obedecer.
Antes que o corpo cale
O que a alma quer dizer.
calei-me.
Rivaldo Júnior
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