segunda-feira, 1 de outubro de 2012

pode passar a máquina 2, senhor.







já não vale a insensatez da condição plena
que transborda no vácuo de sentir-me um homem.
as palavras ditas,
mal ou/e bem,
e as pessoas que passam pela rua.

eliminemos os adjetivos que só dão preguiça ao leitor.

já batia dezesseis horas
quando a tesoura

meu reflexo desfigurado
e a angústia
e o pesadelo
e as moscas quentes

no alto daquela gaiola
bem alimentado
bem cuidado
bem amado
um pássaro invisível canta no meu peito
porque nada pode ser tudo que a gente tem.

Rivaldo Júnior


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