tão angustiante é ser peixe de aquário.
- disse o homem-peixe de cabeça de ar.
astronautas, viagens periféricas
mostram a subserviência popular da revolta
tudo é peixe, feixe e desastres naturais.
a fuga para a terra prometida,
na estrada repetida do lobo frontal.
dentro do espaço semiaberto dos teus olhos azuis
a cor do meu sonho que se manifesta
em oração.
esperava algo além do meu silêncio -
tudo é clichê, meu jovem poeta.
todas as pessoas sabem, não creem e mentem pra si mesmas.
mesmo que o universo ao meu redor
seja apenas palpável à sombra da redoma de vidro
não ousaria, eu, ultrapassar os limites da minha mente.
não querer pode não ser querer, poder, coisas afins e frias.
esvaziar-se do seu próprio vazio, é ganhar do mundo a plenitude do nada.
nada mais.
Rivaldo Júnior
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